Rocky – Um Lutador (1976) – Até mesmo os piores tem os seus melhores
Sabe aqueles atores absurdamente ruins, canastrões, fodões dos filmes de ação e tal? Pois é, a maior parte de seus filmes são puros caça níqueis, mas grande parte destes atores tem ao menos um filme que preste (claro que ainda há exceções, como Steven Seagal que é o cúmulo da ruindade, me desculpem seus fãs). Como exemplo podemos citar Hell, com Jean Claude van Damme, que é uma bela abordagem sobre o que o homem pode se tornar. O outro bom exemplo é o objeto deste artigo, essa produção do ano de 1976.
A história é a seguinte: Rocky Balboa (Sylvester Stallone) é um lutador de boxe do subúrbio da Filadélfia. Lutando esporiadicamente em um pequeno clube de boxe, acaba tendo que trabalhar para um agiota como cobrador para conseguir algum dinheiro a mais. Enquanto isso, o campeão mundial Apollo Creed planeja realizar uma luta especial no ano novo de 1976 com um boxeador desconhecido, tanto para melhorar sua imagem como para oferecer o espetáculo que planejara. Então, Rocky é escolhido como esse desconhecido que terá a chance de lutar com o campeão mundial. Rocky então passa a lutar contra suas próprias dificuldades e se empenha ao máximo para a grande luta, enquanto Creed apenas está preocupado com sua imagem pública no espetáculo. Paralelo a isto, temos o romance entre Rocky e Adrian (Talia Shire) e seus conflitos emocionais.
O filme foi feito com pouco dinheiro, cerca de 1 milhão de dólares, e foi filmado em apenas 28 dias. O roteiro escrito por Stallone foi inspirado na luta em que o desconhecido Chuck Wepner conseguiu ficar 15 rounds em luta contra o campeão dos pesos pesados Muhammad Ali. Os produtores queriam outro ator no papel do boxeador, mas Stallone só concordou em passar o roteiro caso pudesse interpretar Rocky Balboa. Apesar da curta verba, o filme teve uma bem cuidada fotografia e a produção foi cuidadosa com diversos elementos. O filme foi um estrondoso sucesso e gerou uma franquia que, sinceramente, é deprimente.
Eu acredito que Rocky é um daqueles filmes que tem um significado de acordo com o que a pessoa lhe atribui inicialmente. Pessoalmente odeio boxe, e acredito que luta não é esporte, mas o contraponto posto aqui no filme entre um personagem cheio de problemas mas dedicado e um personagem egocêntrico e mesquinho que se preocupa apenas com o sucesso é muito bem trabalhado. O personagem de Creed reflete o oposto do esforço, das dificuldades que encontramos na vida. Balboa tem seus dilemas pessoais, é obrigado a trabalhar com algo que não gosta enquanto não consegue sucesso no que realmente ama e não ambiciona o ápice da luta, que seria a vitória, mas sim agüentar os 15 rounds no ringue. Os outros personagens da trama são muito bem trabalhos também, em especial o treinador Mickey (Burgess Meredith). Se a atuação de Stallone não é algo fabuloso (não entendo como é que ele foi indicado ao Oscar por este filme), o resto do elenco segura bem as rédeas.
Rocky é mais uma daquelas produções da época em que o cinema americano ainda rendia boas obras. Infelizmente o personagem se tornou uma “marionete” a favor dos ideiais americanos, atingindo este ápice no horrendo e ridículo Rocky IV. Mas aqui fica a lembrança de um filme que foi excelente e de um ator que pelo menos estrelou duas boas produções (a outra é a excêntrica e divertidíssima comédia Oscar).
Nota: 9,0
— – – – – – – – – – —
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Ano: 1976
—- – – – – – – – – – –
Elenco:
Sylvester Stallone (Rocky Balboa)
Talia Shire (Adrian)
Burt Young (Paulie)
Carl Weathers (Appolo Creed)
Burgess Meredith (Mickey)
Joe Spinnel (Joe Gazzo)
Edição: Scott Conrad e Richard Halsey
Direção de Arte: James H. Spencer
Música: Bill Conti
Produção: Robert Chartoff e Irwin Winkler
Roteiro: Sylvester Sttallone
Direção: John G. Avildsen
———————— – –
Trailer Original
Achei bom todos os filmes.Sempre bem motivador,Rocky eh um exemplo de pesoa q jamais desiste dos seus sonhos.Um destaque p/ o dialogo entre Rocky e seu filho onde o pai da uma moral nele mostrando grande personalidade e otimismo de vida.Uma frase marcante:”n importa como se bate,mas o quanto se resiste nas batalhas e continuar tentando”
PS:deve ser por isso q ele sai sempre quase morrendo,pois depois de apanhar tanto sai quase sempre vitorioso das lutas.
julho 6, 2010 às 11:26 pm